sábado, 17 de novembro de 2012

COR IRRADIADA

A luz que é refletida por aquilo que se vê é sempre da cor do objeto, mas a luz que incide sobre o objeto contém todas as cores. Essas outras cores, portanto, estão presentes e, embora não sejam visíveis, são irradiadas e percebidas. Essas irradiações têm influência nos contrastes de cor e na construção da cor.

A cor irradiada é justamente a cor complementar do objeto. Por exemplo, se um objeto é azul, as cores que não foram absorvidas são o amarelo e o magenta, que se misturam e formam o laranja. Mas isso não é normalmente visível, e é por isso que se chama cor inexistente.Quando olhamos para um objeto de determinada cor, um dos três receptores no olho é estimulado mais que os outros. Porém, logo em seguida, os outros receptores se tornam mais sensíveis, o que nos permite perceber a cor complementar do objeto.

Na pintura, consegue-se maior vibração de cor quando se pinta uma cor sobre sua cor complementar. Por exemplo, na pintura de uma maçã, o vermelho será mais vibrante se for pintado sobre uma base verde.

Se quiser "ver" essa cor irradiada, faça o seguinte: olhe fixamente para um objeto de cor uniforme - um pedaço de papel colorido, por exemplo - durante cerca de 20 segundos e, imediatamente, transfira seu olhar para uma parede branca, olhando fixamente por alguns segundos. Gradualmente, uma "sombra"do objeto aparecerá, só que da cor complementar do objeto. Se a cor do objeto for vermelha, por exemplo, a sombra será verde-clara. Essa é a cor inexistente, ou irradiada.

A cor inexistente também é visível quando se pintam diversas faixas onduladas de uma mesma cor lado a lado, deixando um espaço em branco entre as faixas. Nesse espaço é irradiada a cor inexistente. Esse recurso foi usado largamente por artista do movimento da OpArt, especialmente por Barbara Riley e Israel Pedrosa.

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